A gestação modifica todo o funcionamento do corpo da mulher.
A gravidez exige que o coração trabalhe intensamente, favorecendo o surgimento de sintomas cardíacos, como aceleração do coração, tontura, sensação de desmaio e falta de ar.
Mas até que ponto podemos considerar normal o mal-estar gerado pela gestação?
É comum as gestantes sentirem seu coração bater mais rápido durante o período gestacional, uma vez que o volume de sangue que passa pelo coração é maior para fornecer oxigênio e nutrientes para o bebê. Até 10-24% das gestantes com esse sintoma é documentado algum tipo de arritmia, sendo a maioria delas benignas.
O maior risco são as pacientes que já apresentam algum histórico de doença no coração. O risco de problemas aumenta ao longo da gestação à medida que a demanda do coração também aumenta. É importante procurar atendimento médico especializado para realizar uma ausculta das batidas do coração e afastar a presença de sopros e batidas fora do ritmo.
Em caso de alteração no exame físico este deve ser complementado através da solicitação de exames, como o eletrocardiograma, ecocardiograma, teste de esteira ou holter, conforme a avaliação médica realizada.
Algumas doenças podem se manifestar durante a gestação e desencadear sintomas cardíacos sem doença cardíaca estrutural associada, como doenças da tireoide, doenças infecciosas ou doenças hematológicas, como a anemia.
É importante ficar atenta para o surgimento de alguns sintomas associados a aceleração do coração, como falta de ar, dor no peito, tontura ou desmaio, podendo ser indicativo de alguma alteração cardíaca mais séria. Um acompanhamento médico adequado é fundamental para a saúde da mãe e do bebê.